Por Carlos Sherman
Se a primeira prisão de Lula é injusta, ao contrário da prisão do terrorista Bolsonaro, a segunda prisão é justa, justíssima, necessária e urgente. Um companheiro de cela na primeira prisão de Lula, o tal Djalma “Bom” – já que havia um Djalma “Mal” -, concorda com isso: “não dá pra comparar uma prisão com a outra, porque na primeira ele não era acusado de nenhum desvio”… Mas agora ele criou um propinoduto!!! Era o mandante, o chefe da quadrilha, o capo de tutti capi – o único título ou honraria que Lula realmente conquistou por seus próprios “méritos” – ou deméritos. Crimes que realmente aconteceram, mesmo que o STF esteja infestado de comparsas políticos nomeados por Lula e Bolsonaro. Assim, a justa prisão em segunda instância, e por unanimidade, foi barrada pelos amigos de Lula… e que também são amigos de Bolsonaro.
E Lula fica na PF por quase 2 anos, sendo solto no dia 8 de novembro de 2019, para – pasmem vocês mais uma vez – concorrer à presidência da república… e contra o Bolsonaro. Vejam quem voltou, é o Lula, olha o Lula-lá!!! Lá vem o Lula, livre, após uma prisão devidamente qualificada, e sem cumprir a totalidade de suas penas. Foi solto por quê? Vícios processuais? Isso é absurdo. Mas Al Capone foi pego pelo fisco, Collor dançou por uma Elba, Dilma foi pega “pedalando” criminalmente. E Bolsonaro? Bolsonaro segue em frente, já que ele “apenas” contribuiu para a morte de mais de 600.000 brasileiros. Sim, é claro que estou sendo irônico.
E bem sabemos que o descalabro do lulopetismo pavimentou a radicalização que nos trouxe ao bolsonarismo. E agora? Nós podemos projetar o futuro olhando para o passado, como no filme De Volta para o Futuro… versão TERROR. Falta pouco mais de um ano para a eleição de 2022. Pois, e parafraseando Keynes, quando os fatos mudam eu mudo de opinião. E você, o que faz? Muda de opinião e conserva seus valores? Ou muda os seus valores, para fazer uma coalizão contra ou a favor de outro grupo contra o qual luta por interesse? Como na ditadura militar, segundo o coerente Gabeira, quando a esquerda pretendia instaurar outra ditadura. Dois lados da mesma moeda fascista.
Então, o que vai ser? Os fatos mudam o seu comportamento, ou você distorce os fatos para ajustar às suas crenças e ideologias? Ou relativiza seus valores e princípios? Pois, quem defende com argumentos de ocasião o que diz professar por uma questão de princípios, na verdade não tem princípio algum. E se esse é o seu caso, então não se exalte; afinal, tanto Lula quanto Bolsonaro lhe servirão. Afinal, você é sim político, oportunista, escorregadio, e desonesto… como eles.
Mas, e para quem aprende com seus erros, para quem entende o que estava errado antes, o futuro pode ser promissor. Mas esse futuro não pode incluir o passado. Não pode incluir os erros do passado. Portando, cidadãos dignos, nem Lula, nem Bolsonaro… Votar em Bolsonaro significa cumplicidade com o que assistimos. Votar em Lula significa reincidência. Seja honesto… seja consequente, coerente. Existem outros candidatos, e é bem difícil imaginar que não superem o flagelo do lulopetismo ou a loucura do bolsonarismo.
E para aqueles que operam com a falácia Ad hoc, i.e., “se ninguém pode bater Lula e/ou Bolsonaro, logo tenho que votar em um dos dois”, fica a refutação. Muitos votarão nesses canalhas mesmo sabendo o que fizeram. Muitos, mas não todos. E Bolsonaro cavalgou para a presidência em menos de um ano. Assim sendo, um candidato lançado hoje, e no momento adequado, tem plenas condições de chegar lá. Pois, quem lança sua candidatura antes de 3 anos do transcurso do mandato, ou desde sempre, e por razões óbvias, vive de eleições – sendo esse o caso para os eleitoreiros Lula e Bolsonaro. E você quer isso? Quer votar em mais um político profissional? Mais um descarado? Ou quer desculpas para manter o status quo? Sim, porque aderimos aos candidatos emocionalmente… para só então estruturar uma argumentação que faça algum sentido – ou nem tanto. Ou seja, estou denunciando a sua adesão emocional à certos “mitos”, e não bom uso de sua análise crítica.
Assuma uma posição. Encare os fatos. Ou seja franco sobre não dispor de princípios claros. Ou… parafraseando Spike Lee, FAÇA A COISA CERTA. Mark Twain assegura ainda que “nunca nos equivocamos por fazer o que é certo”. Eu mudo de opinião e procuro aprender com os meus erros, para então cometer novos erros, e tentar um novo salto em meu aprendizado e desenvolvimento. E você, o que faz? E você, o que fará?
Q.E.D.
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