Por Carlos Sherman
Farofa feita com o “bolsa farelo”. Quando pensamos que Bolsonaro é insuperável, ele mesmo se supera, fazendo uso de avatares como o Lulonaro ou o Dilmo. E o cabra ainda tem o disparate de atacar os pobres, e aqueles que realmente precisam de feijão porque estão famintos, e temem os fuzis de Bolsonaro, que acabarão nas mãos de milícias e narcotraficantes… para ensejo da morte.
Pois Bolsonaro está cercado por todos os lados, e não por culpa do vírus, do STF, da Lava-Jato, do MP… apesar do silêncio da PGR e da franca interferência na PF. Bolsonaro está cercado porque o crime não compensa. Depois de rachar a grana do contribuinte, agora pululam escândalos, como a compra de vacinas supostamente “desnecessárias” à picaretas sanguessugas, ligados à quadrilha de Roberto Barros; os cheques em branco de seu orçamento secreto para o bolso do centrão, e a compra de mansões… Tudo isso faz com que o triplex e o sítio de Atibaia pareçam residências populares… e o que diremos da Elba de Collor?
E aí vem o 7 de Setembro, e as manifestações prometidas por Bolsonaro. Mas será o que “pf” servido aos apoiadores do mito vai trazer fuzis como “mistura”? Um presidente atentando contra a própria ordem democrática e contra a justiça, que ele teima em corromper- como Lula; e valendo-se dos mesmos atores: Toffoli, Gilmar, Nunes e Lewandovisky. E atenta contra as urnas que elegeram o seu clã por décadas, e contra tudo e contra todos os que estiverem no caminho de sua sina aloprada e autoritária. Onde mais uma vez chamo a atenção para os traços de psicopata narcisista, além do baixíssimo nível intelectual.
E Bolsonaro foca no tumulto, na baderna, no circo pegando fogo, no pombo enxadrista… na desordem; sem qualquer respeito pela vida, à exemplo de seu experimento eleitoreiro em Manaus. Pois o mito faz-de-conta e covarde conta com a violência e o sangue derramado como munição para suas lives e o cacarejo matinal no cercadinho. Conta com a desordem para acobertar o descalabro de seu desgoverno, e os crimes cometidos contra a vida na epidemia, um calhamaço de denúncias e provas dos crimes de peculato, além dos crimes eleitorais cometidos pelos robots das fake news… orquestrados e financiados por esquemas poderosos que envolvem o tráfico de influência, advocacia administrativa, além de corrupção e outros crimes de responsabilidade.
Será que neste Dia da Independência o Bolsonaro estará mais uma vez ladeado pelo baronato das igrejas pentecostais? O centrão estará lá, claro. Será que a banda militar ensaiou o hino? E será que ensaiou também o “se gritar pega ladrão”? Porque aí sim não fica ninguém no palanque, meu irmão!
Carlos Sherman
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